Highlights (Resumo): Queda nas Taxas de Juros.
Principal(is) vetor(es): possibilidade de que os efeitos da turbulência bancária possam levar à uma postura mais dovish dos bancos centrais das principais economias.
Destaque(s): Risco Sistêmico.
Contribuição: ✍ José Luis Gomes Lisboa CFP® Linkedin
No Relatório de Mercado Focus (27), a projeção do mercado para a inflação de 2023 passou de 5,95% para 5,93%, bem acima do teto da meta (4,75%). Um mês antes, a mediana era de 5,90%. Para 2024, horizonte cada vez mais relevante para a estratégia de convergência à inflação do BC, a projeção aumentou de 4,11% para 4,13%, acima do centro da meta (3,00%), mas ainda dentro do intervalo que vai de 1,50% a 4,50%, contra 4,02% de quatro semanas atrás.
A semana na Renda Fixa foi de perda de inclinação da curva, com pequeno avanço na parte mais curta, e queda nas demais, apoiada na possibilidade de que os efeitos da turbulência bancária possam levar à uma postura mais dovish dos bancos centrais das principais economias. O mercado voltou a aumentar as apostas no ciclo de cortes da Selic a partir de junho deste ano.
Os principais vetores que influenciaram o fechamento das partes intermediária e longa da curva a termo de juros foram:
Fatores que influenciaram a abertura da parte mais curta da curva de juros foram:
Fatores que foram considerados de menor potencial para influenciar o movimento da curva de juros:
A conferir o que estará no radar do mercado
Brasil:
a divulgação da ata do Comitê de Política Monetária (Copom) na terça-feira (28). A expectativa é pela suavização ou não do discurso após forte reação do governo ao tom hawkish do comunicado da decisão da última quarta-feira (22),
a possível antecipação do anúncio do novo mecanismo de controle de gastos diante do adiamento da viagem do presidente Lula à China por causa de uma pneumonia. Após a divulgação, o arcabouço fiscal precisa ser discutido e aprovado pelo Congresso Nacional,
a indicação dos nomes dos novos diretores do Banco Central,
o cenário em Brasília com os atritos entre os presidentes da Câmara e Senado em torno do rito para a votação de Medidas Provisórias (MPs),
a coletiva sobre a condução da política monetária com o presidente do BC, Roberto Campos Neto, na quinta-feira (30),
EUA:
a taxa de inflação medida pelo PCE, medida preferida pelo Fed para avaliar a variação dos preços,
a situação dos bancos e o risco de uma crise de crédito.
O dólar no mercado à vista terminou a sessão da sexta-feira (24) cotado a R$ 5,2511, encerrando a semana em queda de 0,36%.
Os principais fatores que influenciaram o preço da moeda americana no mercado doméstico de câmbio foram:
Agenda de eventos e indicadores econômicos de 27 a 31 de março
Segunda-feira (27):
Brasil – Fipe: IPC de março (3ª Quadri), FGV: Sondagem do Consumidor de março, BC: Relatório Focus, Secex: Balança comercial semanal, BC/Setor Externo: CC e IDP de fevereiro,
Alemanha – Ifo: índice de sentimento das empresas em março,
Terça-feira (28):
Brasil – BC: Ata do Copom, FGV: Sondagem da Construção em março, FGV: INCC-M de março, Tesouro: Leilão de LFT para 1º/3/2026 e 1º/3/2029 e de NTN-B para 15/8/2028, 15/8/2040 e 15/8/2060,
EUA – API: estoques de petróleo na semana até 17 de março, CB: índice de confiança do consumidor em março,
Quarta-feira (29):
Brasil – FGV: Sondagem da Indústria em março, BC/Nota de crédito: Crédito livre em fevereiro, Tesouro: Relatório mensal da dívida em fevereiro, BC: Fluxo Cambial da semana de 20 a 24 de março,
EUA – NAR: Vendas pendentes de imóveis em fevereiro, DoE: estoques de petróleo na semana até 24 de março,
Alemanha – GfK: índice de confiança do consumidor em abril,
Quinta-feira (30):
Brasil – BC: Relatório Trimestral de Inflação, FGV: IGP-M de março, FGV: Sondagem do Comércio em março, FGV: Sondagem de Serviços em março, IBGE: Produção industrial de janeiro, BC: Coletiva sobre a condução da política monetária, com o presidente Roberto Campos Neto e o diretor Diogo Guillen, Tesouro: Leilão de NTN-F para 1º/1/2029 e 1º/1/2033 e de LTN para 1º/4/2024, 1º/4/2025 e 1º/7/2026, Tesouro: Resultado Primário de fevereiro,
EUA – Deptº do Trabalho: pedidos de auxílio-desemprego na semana até 25 de março, Deptº do Comércio: PIB do 4º tri (final), o Índice de preços de gastos com consumo (PCE),
Zona do euro – Eurostat: Índice de sentimento econômico em março, Comissão Europeia: índice de confiança do consumidor em março (final),
Alemanha – Destatis: CPI de março (preliminar),
China NBS: PMI composto de março, o PMI Industrial, o PMI de serviços,
Sexta-feira (31):
Brasil – BC/Nota de Política Fiscal: Setor público consolidado em fevereiro, IBGE/PNAD Contínua: Taxa de desemprego no trimestre até fevereiro, FGV: Indicador de Incerteza da Economia em março,
EUA – Deptº do Comércio: Gastos com consumo em fevereiro, Renda pessoal, Índice de preços de gastos com consumo (PCE), Núcleo do PCE, ISM/Chicago: PMI de março, Universidade de Michigan: Índice de Sentimento do Consumidor em março (final), Expectativas de inflação em 1 e 5 anos, Baker Hughes: poços e plataformas de petróleo em operação,
Zona do euro – Eurostat: CPI de março (preliminar), Núcleo CPI, Taxa de desemprego em fevereiro,
Alemanha – Destatis: vendas no varejo em fevereiro,
Reino Unido – ONS: PIB do 4º tri (final).
Fonte: Broadcast
Contribuição: ✍ José Luis Gomes Lisboa CFP® Linkedin
