Análise do Mercado de Renda Fixa e Tesouro Direto: Semana 300

→ Principais Notícias para o Mercado de Renda Fixa e Tesouro Direto.

Highlights (Resumo): Forte Alta nas taxas de Juros.

Principal(is) vetor(es): Durante a semana, o mercado de juros brasileiro enfrentou alta volatilidade, impulsionada por preocupações fiscais e geopolíticas, além de incertezas em relação à política monetária nos Estados Unidos. As taxas oscilaram amplamente, refletindo o impacto da mudança da meta de primário para 2025, declarações do presidente do Banco Central sobre a possibilidade de uma política monetária mais restritiva e o cenário de tensões no Oriente Médio. As taxas encerraram a semana em alta, com a curva perdendo inclinação devido à reprecificação da Selic no curto prazo.

Destaque(s): Fed, Copom, Risco Geopolítico e Risco Fiscal.

O Mercado de Juros passou a considerar mais altas em relação à sexta anterior. A projeção para as 16 próximas reuniões do Copom saiu de +42 ptb para +57 ptb de com o CDI terminal em 2025 11,22%.

Para o fim de 2024  reduziram-se os cortes de -58 para -25 ptb, com o CDI terminal passando de 10,06% para 10,40%.

Variação Semanal das Taxas de Juros Futuros DI B3

Expectativas de mercado para o Copom no DI Futuro da B3

No Relatório de Mercado Focus da semana, a projeção para a inflação oficial em 2024 subiu de 3,71% para 3,73%. Um mês antes, a mediana era de 3,75%. Para 2025, foco da política monetária, a projeção subiu de 3,56% para 3,60%. Há um mês, a mediana era de 3,51%, dentro do intervalo de tolerância superior, que vai até 4,50%, mas acima do alvo central de 3,0%.

A mediana da Taxa Selic(% a.a.) projetada para o fim de 2024 subiu de 9% para 9,50%. Para o fim 2025 subiu de 8,50% para 9,00%.

Resumos diários do Mercado de Juros e Renda Fixa na semana

Resumo Semanal – Juros (12/04/2024 a 19/04/2024):

Dia 15/04/2024:

Os juros futuros subiram desde cedo, ampliando à tarde, devido à piora da percepção fiscal com a confirmação da mudança da meta de primário para 2025. Os temores em relação à política monetária do Federal Reserve e as tensões geopolíticas também influenciaram. O mercado reagiu ao anúncio do ministro Haddad, que confirmou a mudança da meta e o aumento da meta para 2025, aumentando as taxas. As taxas longas foram as mais afetadas, abrindo quase 30 pontos-base. O dólar também atingiu sua máxima do dia. O estresse fiscal e o aumento das taxas dos Treasuries contribuíram para a forte abertura da curva de juros.

Dia 16/04/2024:
Os juros futuros continuaram subindo, com os longos abrindo 30 pontos-base, refletindo a escalada das preocupações com o ambiente externo e fiscal, o que também levou o dólar a se aproximar de R$ 5,30. As incertezas em relação à política monetária dos Estados Unidos e a cena fiscal brasileira foram os principais motivos. As taxas de Depósito Interfinanceiro (DI) subiram e o volume de contratos negociados foi significativo, sugerindo movimentos de zeragem de posições vendidas. O mercado permaneceu sob o impacto da tríade de fatores que têm penalizado os ativos: incerteza sobre os juros nos EUA, conflitos no Oriente Médio e cenário fiscal brasileiro.

Dia 17/04/2024:
O mercado de juros deu uma guinada hawkish no meio do dia, com as taxas curtas e intermediárias invertendo o sinal de baixa para alta após declarações do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, em Washington, que limparam as apostas de corte de 0,50 ponto da Selic no Copom de maio. A tríade de fatores que tem afetado os ativos (incerteza sobre os juros nos EUA, conflitos no Oriente Médio e cena fiscal brasileira) continuou influenciando. A mudança na expectativa de corte da Selic em maio afetou a curva de juros.

Dia 18/04/2024:
O mercado de juros teve uma pausa no movimento de estresse das últimas sessões. As taxas oscilaram com viés de baixa durante todo o dia, em uma tentativa de correção às altas recentes, limitada pelo avanço dos rendimentos dos Treasuries e do dólar. O mercado conseguiu parar para respirar após um turbilhão de dados e eventos geopolíticos e fiscais desde a semana passada. A agenda esvaziada permitiu aos investidores fazerem ajustes técnicos, mas o ambiente de incertezas no exterior e o risco de um ciclo de alívio monetário mais comedido no Brasil restringiram a queda dos prêmios de risco.

Dia 19/04/2024:
A queda firme do dólar e o ambiente externo mais ameno deram fôlego à correção no mercado de juros, que ontem havia se mostrado tímida. As taxas recuaram em toda a extensão da curva, com mais força nos vértices longos, que vinham em destaque nas últimas semanas. A agenda esvaziada permitiu ao mercado se dedicar aos ajustes técnicos, uma vez também que a tensão geopolítica não se agravou pelo ataque de Israel ao Irã. Na semana, todas as taxas subiram, mas a curva perdeu inclinação. As curtas avançaram mais que as longas dada a reprecificação de Selic no curto prazo detonada por declarações do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, na quarta-feira.

Fonte: Broadcast

Principais indicadores para acompanhamento da Renda Fixa e Tesouro Direto

Curvas de Juros Anbima

Gráfico de Rendimento versus Risco Renda Fixa - Tesouro Direto

Rendimentos da Renda Fixa: Tesouro Direto, Poupança, Ibovespa, Dólar, IDA Anbima e CDI

Características do Tesouro Direto

Taxa de Compra, Preço de Compra, Duration(Duração), Duração Modificada, DV01 e Volatilidade(Desvio padrão últimos 21 úteis)

Volatilidade da Renda Fixa (Risco de Mercado) Tesouro Direto, Ibovespa e Dólar

Classificação dos Rendimentos Mensais, Ano e 12 Meses da Renda Fixa

Ranking Mensal Colorido de Rentabilidades Tesouro Direto, Poupança, Ibovespa, Dólar, IDA Anbima e CDI

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Jefferson Figueiredo – CGA

Gestor de Investimentos e Especialista em Investimentos de Renda Fixa