Análise do Mercado de Renda Fixa e Tesouro Direto: Semana 309

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Highlights (Resumo): Alteração Marginal nas Taxas de Juros

Principal(is) vetor(es): o mercado de juros brasileiro experimentou uma montanha-russa de volatilidade, impulsionada por uma combinação de fatores domésticos e internacionais. Inicialmente, as preocupações com a política fiscal e as declarações do presidente Lula em relação ao Banco Central geraram incertezas, refletidas em aumentos nas taxas de juros futuros. No entanto, a decisão do Copom de manter a Selic com unanimidade proporcionou um alívio temporário, resultando em quedas significativas nas taxas ao longo da semana. A influência do cenário externo, especialmente as movimentações nos Treasuries dos EUA, e indicadores econômicos mistos também desempenharam papéis importantes na direção das taxas. O mercado mostrou-se sensível a qualquer sinal relacionado à política monetária e fiscal, destacando a importância das próximas semanas na gestão da volatilidade e na definição das expectativas para os investidores.

Destaque(s):  Fed, Risco Fiscal e Dólar.

O Mercado de Juros elevou marginalmente as expectativas de altas em relação à sexta anterior.

A projeção para as 16 próximas reuniões do Copom saiu de +141 ptb para +153 ptb. O CDI terminal em 2025 chegado a 11,84%.

Para o fim de 2024  saiu de altas na magnitude de +65 ptb para alta de +66 ptb, com o CDI terminal passando de 10,96% para 11,06%.

Variação Semanal das Taxas de Juros Futuros DI B3

Expectativas de mercado para o Copom no DI Futuro da B3

No Relatório de Mercado Focus da semana, a projeção para a inflação oficial em 2024 subiu de 3,96% para 3,98%. Um mês antes, a mediana era de 3,86%. Para 2025, foco da política monetária, a projeção subiu de 3,80% para 3,85%. Há um mês, a mediana era de 3,75%, dentro do intervalo de tolerância superior, que vai até 4,50%, mas acima do alvo central de 3,0%.

A mediana da Taxa Selic(% a.a.) projetada para o fim de 2024 manteve em 10,50%, há um mês era 10%. Para o fim 2025 permaneceu em 9,25%.

Resumos diários do Mercado de Juros e Renda Fixa na semana

Resumo Semanal dos Juros Futuros – Semana de 14/06/24 a 21/06/2024

 

Segunda-feira, 17/06/2024: A semana do Copom começou com juros futuros em alta em praticamente toda a extensão da curva, salvo nos contratos de 2030 em diante que flertavam com a estabilidade no fim da sessão. As taxas até desaceleraram o ritmo a partir do começo da tarde, após relatos da reunião do presidente Lula com os ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Simone Tebet (Planejamento) sobre a agenda de revisão de gastos, mas que não dissiparam a desconfiança na área fiscal. O exterior, com avanço dos juros dos títulos nos EUA e na Europa, e a Pesquisa Focus, com piora das medianas de IPCA, também influenciaram o desempenho das taxas.

Terça-feira, 18/06/2024: O mercado de juros se equilibrou entre o exterior favorável e as incertezas domésticas, com volatilidade nas taxas, que chegavam ao fim do dia com viés de baixa limitado ao curtíssimo prazo, enquanto os demais vértices mostravam ligeiro avanço. A influência positiva dos Treasuries esbarrou no risco local, alimentado por declarações do presidente Lula não somente críticas ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, mas também pela descrição do perfil que deseja para liderar o BC após a saída do atual mandatário.

Quarta-feira, 19/06/2024: O desconforto com as declarações do presidente Lula ontem e possíveis impactos no Copom de hoje continuaram reverberando sobre a curva de juros, com taxas predominantemente em alta, mas no fim da tarde houve um alívio na pressão puxada pela melhora na percepção sobre o placar da decisão. A ausência dos mercados em Wall Street e de indicadores relevantes na agenda manteve a fala crítica ao presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, como referência central para o mercado, abalando a expectativa de um placar unânime, mas esta possibilidade voltou a ganhar força na reta final.

Quinta-feira, 20/06/2024: Os juros futuros cumpriram o script traçado pelos agentes de mercado após a decisão do Copom de manter a Selic e com unanimidade na votação. As taxas estiveram em baixa em toda a extensão da curva, de maneira mais acentuada nos vértices intermediários, mas à tarde houve boa redução do fôlego, dada a deterioração do câmbio, receios relacionados à transição no Banco Central, aumento da cautela no exterior e com a piora da percepção de risco fiscal no pano de fundo.

Sexta-feira, 21/06/2024: Após uma manhã errática, percorrida com sinais moderados ora de alta ora de baixa, sem encontrar direção firme, os juros futuros se consolidaram em queda à tarde. O recuo do dólar, um maior alívio na curva dos Treasuries e a melhora na perspectiva de solução para a desoneração da folha de pagamentos abriram espaço para uma correção técnica. Uma nova rodada de críticas do presidente Lula ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, chegou a reduzir alívio das taxas locais no meio da tarde, mas estas conseguiram retomar o ritmo.

Fonte: Broadcast

Principais indicadores para acompanhamento da Renda Fixa e Tesouro Direto

Curvas de Juros Anbima

Gráfico de Rendimento versus Risco Renda Fixa - Tesouro Direto

Rendimentos da Renda Fixa: Tesouro Direto, Poupança, Ibovespa, Dólar, IDA Anbima e CDI

Características do Tesouro Direto

Taxa de Compra, Preço de Compra, Duration(Duração), Duração Modificada, DV01 e Volatilidade(Desvio padrão últimos 21 úteis)

Volatilidade da Renda Fixa (Risco de Mercado) Tesouro Direto, Ibovespa e Dólar

Classificação dos Rendimentos Mensais, Ano e 12 Meses da Renda Fixa

Ranking Mensal Colorido de Rentabilidades Tesouro Direto, Poupança, Ibovespa, Dólar, IDA Anbima e CDI

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Jefferson Figueiredo – CGA

Gestor de Investimentos e Especialista em Investimentos de Renda Fixa