24/06/2024 (Segunda-feira)
A curva de juros fechou em queda devido ao otimismo global e à valorização das moedas emergentes, que impulsionaram a redução das taxas futuras. A queda generalizada do dólar foi um fator chave. Às 17h10, as taxas dos contratos de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2025 e 2026 estavam em 10,550% e 11,09%, respectivamente. No entanto, o alívio foi considerado frágil e insuficiente para mudar significativamente as expectativas de alta da Selic no ano. A precificação de altas para a Selic no fim de 2024 caiu ligeiramente de 11% para 10,90%. A semana prometia testes importantes para as taxas, incluindo a ata do Copom e o IPCA-15 de junho.
25/06/2024 (Terça-feira)
As taxas dos contratos de DI subiram devido às incertezas sobre possíveis cortes de juros nos EUA e preocupações fiscais internas. A taxa do contrato de DI para janeiro de 2025 subiu para 10,570%, e a de janeiro de 2026 para 11,135%. A ata do Copom reforçou preocupações fiscais, destacando a importância de sinais positivos do governo, como a confirmação da meta contínua de inflação. A percepção de risco aumentou, refletindo-se na precificação da Selic ao fim do ano em torno de 11,00%.
26/06/2024 (Quarta-feira)
Os juros futuros continuaram subindo, influenciados pela alta do dólar e declarações do presidente Lula contra cortes de gastos. As taxas dos contratos de DI para janeiro de 2025 e 2026 subiram para 10,600% e 11,23%, respectivamente. O decreto sobre a meta contínua de inflação foi bem recebido, mas ofuscado por ruídos políticos. O IPCA-15 de junho ficou abaixo da mediana das estimativas, mas a pressão sobre a curva de juros permaneceu devido ao cenário fiscal e à alta do dólar.
27/06/2024 (Quinta-feira)
As taxas dos juros futuros continuaram subindo, com máximas pela manhã devido ao Relatório de Inflação (RI) e declarações dos dirigentes do Banco Central. Às 17h11, as taxas dos contratos de DI para janeiro de 2025 e 2026 estavam em 10,625% e 11,31%, respectivamente. A percepção de alta da Selic foi reforçada pelo RTI, que revisou para cima as estimativas do PIB e do hiato do produto. Declarações do presidente Lula e dados do Caged trouxeram algum alívio à tarde, mas a pressão sobre a curva de juros continuou.
28/06/2024 (Sexta-feira)
Os juros futuros encerraram a semana em altas máximas de mais de um ano. Ruídos políticos e dados negativos do setor público aumentaram a crise de confiança no ajuste fiscal. As taxas dos contratos de DI para janeiro de 2025 e 2026 fecharam em 10,77% e 11,59%, respectivamente. Dados do mercado de trabalho e a Dívida Bruta do Governo Geral em 76,8% do PIB contribuíram para a pressão. A crise de credibilidade do governo e a falta de medidas fiscais concretas continuaram a influenciar negativamente a curva de juros.