Análise do Mercado de Renda Fixa e Tesouro Direto: Semana 310

→ Principais Notícias para o Mercado de Renda Fixa e Tesouro Direto.

Highlights (Resumo): Forte Alta nas Taxas de Juros

Principal(is) vetor(es): A queda do dólar e o apetite ao risco global inicialmente contribuíram para o fechamento da curva de juros. No entanto, preocupações com o cenário fiscal e a desancoragem das expectativas de inflação resultaram em um aumento das taxas, principalmente nos contratos de longo prazo. Declarações do presidente Lula sobre cortes de gastos e o avanço do dólar mantiveram a pressão sobre os juros. Além disso, o Relatório de Inflação e dados econômicos robustos do mercado de trabalho contribuíram para que as taxas futuras terminassem a semana em suas máximas de mais de um ano.

Destaque(s):  Risco Fiscal, Inflação e Dólar.

O Mercado de Juros elevou as expectativas de altas em relação à sexta anterior.

A projeção para as 16 próximas reuniões do Copom saiu de +143 ptb para +196 ptb. O CDI terminal em 2025 chegado a 12,36%.

Para o fim de 2024  saiu de altas na magnitude de +56 ptb para alta de +89 ptb, com o CDI terminal passando de 10,96% para 11,06%.

Variação Semanal das Taxas de Juros Futuros DI B3

Expectativas de mercado para o Copom no DI Futuro da B3

No Relatório de Mercado Focus da semana, a projeção para a inflação oficial em 2024 subiu de 3,98% para 4,00%. Um mês antes, a mediana era de 3,88%. Para 2025, foco da política monetária, a projeção subiu de 3,85% para 3,87%. Há um mês, a mediana era de 3,77%, dentro do intervalo de tolerância superior, que vai até 4,50%, mas acima do alvo central de 3,0%.

A mediana da Taxa Selic(% a.a.) projetada para o fim de 2024 manteve em 10,50%, há um mês era 10,25%. Para o fim 2025 permaneceu em 9,50%.

Resumos diários do Mercado de Juros e Renda Fixa na semana

Resumo Semanal dos Juros Futuros – Semana de 21/06/24 a 28/06/2024

 

24/06/2024 (Segunda-feira)

A curva de juros fechou em queda devido ao otimismo global e à valorização das moedas emergentes, que impulsionaram a redução das taxas futuras. A queda generalizada do dólar foi um fator chave. Às 17h10, as taxas dos contratos de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2025 e 2026 estavam em 10,550% e 11,09%, respectivamente. No entanto, o alívio foi considerado frágil e insuficiente para mudar significativamente as expectativas de alta da Selic no ano. A precificação de altas para a Selic no fim de 2024 caiu ligeiramente de 11% para 10,90%. A semana prometia testes importantes para as taxas, incluindo a ata do Copom e o IPCA-15 de junho.

25/06/2024 (Terça-feira)

As taxas dos contratos de DI subiram devido às incertezas sobre possíveis cortes de juros nos EUA e preocupações fiscais internas. A taxa do contrato de DI para janeiro de 2025 subiu para 10,570%, e a de janeiro de 2026 para 11,135%. A ata do Copom reforçou preocupações fiscais, destacando a importância de sinais positivos do governo, como a confirmação da meta contínua de inflação. A percepção de risco aumentou, refletindo-se na precificação da Selic ao fim do ano em torno de 11,00%.

26/06/2024 (Quarta-feira)

Os juros futuros continuaram subindo, influenciados pela alta do dólar e declarações do presidente Lula contra cortes de gastos. As taxas dos contratos de DI para janeiro de 2025 e 2026 subiram para 10,600% e 11,23%, respectivamente. O decreto sobre a meta contínua de inflação foi bem recebido, mas ofuscado por ruídos políticos. O IPCA-15 de junho ficou abaixo da mediana das estimativas, mas a pressão sobre a curva de juros permaneceu devido ao cenário fiscal e à alta do dólar.

27/06/2024 (Quinta-feira)

As taxas dos juros futuros continuaram subindo, com máximas pela manhã devido ao Relatório de Inflação (RI) e declarações dos dirigentes do Banco Central. Às 17h11, as taxas dos contratos de DI para janeiro de 2025 e 2026 estavam em 10,625% e 11,31%, respectivamente. A percepção de alta da Selic foi reforçada pelo RTI, que revisou para cima as estimativas do PIB e do hiato do produto. Declarações do presidente Lula e dados do Caged trouxeram algum alívio à tarde, mas a pressão sobre a curva de juros continuou.

28/06/2024 (Sexta-feira)

Os juros futuros encerraram a semana em altas máximas de mais de um ano. Ruídos políticos e dados negativos do setor público aumentaram a crise de confiança no ajuste fiscal. As taxas dos contratos de DI para janeiro de 2025 e 2026 fecharam em 10,77% e 11,59%, respectivamente. Dados do mercado de trabalho e a Dívida Bruta do Governo Geral em 76,8% do PIB contribuíram para a pressão. A crise de credibilidade do governo e a falta de medidas fiscais concretas continuaram a influenciar negativamente a curva de juros.

Fonte: Broadcast

Principais indicadores para acompanhamento da Renda Fixa e Tesouro Direto

Curvas de Juros Anbima

Gráfico de Rendimento versus Risco Renda Fixa - Tesouro Direto

Rendimentos da Renda Fixa: Tesouro Direto, Poupança, Ibovespa, Dólar, IDA Anbima e CDI

Características do Tesouro Direto

Taxa de Compra, Preço de Compra, Duration(Duração), Duração Modificada, DV01 e Volatilidade(Desvio padrão últimos 21 úteis)

Volatilidade da Renda Fixa (Risco de Mercado) Tesouro Direto, Ibovespa e Dólar

Classificação dos Rendimentos Mensais, Ano e 12 Meses da Renda Fixa

Ranking Mensal Colorido de Rentabilidades Tesouro Direto, Poupança, Ibovespa, Dólar, IDA Anbima e CDI

A excelência é uma utopia, sempre há algo a melhorar!

Deixe suas críticas, correções, sugestões, dúvidas e também elogios! 

Faça Contato!

contato@rendafixapratica.com.br

Forte abraço

Jefferson Figueiredo – CGA

Gestor de Investimentos e Especialista em Investimentos de Renda Fixa