Análise do Mercado de Renda Fixa e Tesouro Direto: Semana 311

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Highlights (Resumo): Forte queda nas Taxas de Juros

Principal(is) vetor(es): o mercado de juros no Brasil começou com alta no início, influenciada pela piora da percepção de risco local e pela escalada do dólar e dos rendimentos dos Treasuries americanos pressionou as taxas dos contratos de Depósito Interfinanceiro (DI) no início da semana. Entretanto, intervenções do governo, incluindo declarações de compromisso com o ajuste fiscal por parte do presidente Lula e do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, além da identificação de possíveis cortes em despesas obrigatórias, ajudaram a melhorar a percepção de risco fiscal. Dados econômicos mais fracos nos Estados Unidos também contribuíram para a queda das taxas dos Treasuries, aliviando a pressão sobre os juros futuros brasileiros.

Destaque(s):  Risco Fiscal, Juros Americanos e Dólar.

O Mercado de Juros reduziu as expectativas de altas em relação à sexta anterior.

A projeção para as 16 próximas reuniões do Copom saiu de +196 ptb para +151 ptb. O CDI terminal em 2025 chegado a 11,91%.

Para o fim de 2024  saiu de altas na magnitude de +89 ptb para alta de +59 ptb, com o CDI terminal passando de 11,29% para 10,99%.

Variação Semanal das Taxas de Juros Futuros DI B3

Expectativas de mercado para o Copom no DI Futuro da B3

No Relatório de Mercado Focus da semana, a projeção para a inflação oficial em 2024 subiu de 4,00% para 4,02%. Um mês antes, a mediana era de 3,90%. Para 2025, foco da política monetária, a projeção subiu de 3,87% para 3,88%. Há um mês, a mediana era de 3,78%, dentro do intervalo de tolerância superior, que vai até 4,50%, mas acima do alvo central de 3,0%.

A mediana da Taxa Selic(% a.a.) projetada para o fim de 2024 manteve em 10,50%, há um mês era 10,25%. Para o fim 2025 permaneceu em 9,50%.

Resumos diários do Mercado de Juros e Renda Fixa na semana

Resumo Semanal dos Juros Futuros – Semana de 28/06/24 a 05/07/2024

 

Segunda-feira, 01/07/2024: O mercado de juros começou o semestre em forte alta devido à piora da percepção de risco local e à escalada do dólar para além dos R$ 5,60. Os rendimentos da curva dos Treasuries renovaram máximas, com a taxa da T-Note de 10 anos perto dos 4,50%, impulsionando a alta das taxas dos contratos de Depósito Interfinanceiro (DI). No fechamento, a taxa do DI para janeiro de 2025 subiu para 10,830% e a do DI para janeiro de 2026 para 11,76%. O DI para janeiro de 2027 e janeiro de 2029 também registraram alta. A expectativa de inflação subiu, e a percepção de um cenário fiscal desafiador adicionou pressão sobre as taxas.

Terça-feira, 02/07/2024: As taxas de juros mostraram alívio durante a tarde, com as curtas e intermediárias migrando de alta para queda e as longas, para a estabilidade, devido à acomodação das tensões. Às 17h20, a taxa do DI para janeiro de 2025 estava em 10,770%, de 10,838% no ajuste anterior. O alívio foi atribuído a uma pausa para respiro, com temores de medidas heterodoxas do governo ainda presentes. A fala de Lula sobre a preocupação com a alta do dólar e possíveis medidas contra especulação aumentaram a volatilidade no mercado.

Quarta-feira, 03/07/2024: As taxas dos contratos de DI registraram queda, refletindo a desvalorização do dólar e dos juros dos Treasuries após dados fracos da economia dos EUA. O presidente Lula e o ministro da Fazenda, Haddad, reforçaram o compromisso com o ajuste fiscal, contribuindo para o movimento de queda das taxas. Às 17h25, a taxa do DI para janeiro de 2025 caía a 10,695%, de 10,785% no ajuste anterior. Especialistas apontaram um ajuste de posições e a busca por um ponto de equilíbrio no mercado de juros.

Quinta-feira, 04/07/2024: A melhora na percepção de risco fiscal e o recuo do dólar garantiram queda firme dos juros futuros durante toda a sessão. O governo anunciou a identificação de quase R$ 26 bilhões em despesas obrigatórias passíveis de corte, melhorando o cenário fiscal. Às 17h18, a taxa do DI para janeiro de 2025 estava em 10,615%, de 10,695% ontem no ajuste. O efeito foi mais forte nos vértices intermediários da curva de juros, com redução nas apostas de alta da Selic.

Sexta-feira, 05/07/2024: Após uma manhã volátil, os juros futuros se firmaram em baixa à tarde, acompanhando a acomodação do dólar em queda. O relatório de emprego dos EUA veio relativamente fraco, aliviando as taxas dos Treasuries e ajudando na queda dos juros futuros no Brasil. Às 17h10, a taxa do DI para janeiro de 2025 estava em 10,585%, de 10,624% ontem no ajuste. Lula reforçou o compromisso com a responsabilidade fiscal, contribuindo para a continuidade da devolução de prêmios de risco iniciada na quarta-feira.

Fonte: Broadcast

Principais indicadores para acompanhamento da Renda Fixa e Tesouro Direto

Curvas de Juros Anbima

Gráfico de Rendimento versus Risco Renda Fixa - Tesouro Direto

Rendimentos da Renda Fixa: Tesouro Direto, Poupança, Ibovespa, Dólar, IDA Anbima e CDI

Características do Tesouro Direto

Taxa de Compra, Preço de Compra, Duration(Duração), Duração Modificada, DV01 e Volatilidade(Desvio padrão últimos 21 úteis)

Volatilidade da Renda Fixa (Risco de Mercado) Tesouro Direto, Ibovespa e Dólar

Classificação dos Rendimentos Mensais, Ano e 12 Meses da Renda Fixa

Ranking Mensal Colorido de Rentabilidades Tesouro Direto, Poupança, Ibovespa, Dólar, IDA Anbima e CDI

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Jefferson Figueiredo – CGA

Gestor de Investimentos e Especialista em Investimentos de Renda Fixa