Segunda-feira, 01/07/2024: O mercado de juros começou o semestre em forte alta devido à piora da percepção de risco local e à escalada do dólar para além dos R$ 5,60. Os rendimentos da curva dos Treasuries renovaram máximas, com a taxa da T-Note de 10 anos perto dos 4,50%, impulsionando a alta das taxas dos contratos de Depósito Interfinanceiro (DI). No fechamento, a taxa do DI para janeiro de 2025 subiu para 10,830% e a do DI para janeiro de 2026 para 11,76%. O DI para janeiro de 2027 e janeiro de 2029 também registraram alta. A expectativa de inflação subiu, e a percepção de um cenário fiscal desafiador adicionou pressão sobre as taxas.
Terça-feira, 02/07/2024: As taxas de juros mostraram alívio durante a tarde, com as curtas e intermediárias migrando de alta para queda e as longas, para a estabilidade, devido à acomodação das tensões. Às 17h20, a taxa do DI para janeiro de 2025 estava em 10,770%, de 10,838% no ajuste anterior. O alívio foi atribuído a uma pausa para respiro, com temores de medidas heterodoxas do governo ainda presentes. A fala de Lula sobre a preocupação com a alta do dólar e possíveis medidas contra especulação aumentaram a volatilidade no mercado.
Quarta-feira, 03/07/2024: As taxas dos contratos de DI registraram queda, refletindo a desvalorização do dólar e dos juros dos Treasuries após dados fracos da economia dos EUA. O presidente Lula e o ministro da Fazenda, Haddad, reforçaram o compromisso com o ajuste fiscal, contribuindo para o movimento de queda das taxas. Às 17h25, a taxa do DI para janeiro de 2025 caía a 10,695%, de 10,785% no ajuste anterior. Especialistas apontaram um ajuste de posições e a busca por um ponto de equilíbrio no mercado de juros.
Quinta-feira, 04/07/2024: A melhora na percepção de risco fiscal e o recuo do dólar garantiram queda firme dos juros futuros durante toda a sessão. O governo anunciou a identificação de quase R$ 26 bilhões em despesas obrigatórias passíveis de corte, melhorando o cenário fiscal. Às 17h18, a taxa do DI para janeiro de 2025 estava em 10,615%, de 10,695% ontem no ajuste. O efeito foi mais forte nos vértices intermediários da curva de juros, com redução nas apostas de alta da Selic.
Sexta-feira, 05/07/2024: Após uma manhã volátil, os juros futuros se firmaram em baixa à tarde, acompanhando a acomodação do dólar em queda. O relatório de emprego dos EUA veio relativamente fraco, aliviando as taxas dos Treasuries e ajudando na queda dos juros futuros no Brasil. Às 17h10, a taxa do DI para janeiro de 2025 estava em 10,585%, de 10,624% ontem no ajuste. Lula reforçou o compromisso com a responsabilidade fiscal, contribuindo para a continuidade da devolução de prêmios de risco iniciada na quarta-feira.