Dia 05/08/2024 (segunda-feira):
Os juros foram influenciados pela volatilidade internacional, especialmente pelo temor de recessão nos Estados Unidos, que foi aliviado com dados econômicos mais positivos. As taxas locais oscilaram, mas fecharam em queda. A expectativa de uma reunião extraordinária do Fed para cortar juros causou incerteza, mas foi considerada improvável por analistas. A deterioração das expectativas de inflação no Brasil, combinada com um câmbio depreciado, reforçou um tom mais cauteloso na comunicação do Banco Central.
Dia 06/08/2024 (terça-feira):
Houve um aumento na pressão sobre o mercado de juros, com altas expressivas nas taxas, impulsionadas pela elevação dos rendimentos dos Treasuries e pela expectativa de um aperto da Selic em setembro. A ata “hawkish” do Copom intensificou esse movimento. O mercado corrigiu em parte o nervosismo anterior, mas a incerteza continuou, especialmente com a curva dos Treasuries pressionando as taxas locais e o câmbio se estabilizando.
Dia 07/08/2024 (quarta-feira):
Os juros futuros iniciaram em queda, corrigindo parte da alta anterior, mas reverteram o movimento no final do dia, refletindo a pressão dos rendimentos dos Treasuries e a volatilidade no câmbio. O cenário externo e o posicionamento técnico do mercado ditaram o tom da sessão, com a expectativa de manutenção de um cenário de alta de juros em setembro, em meio à preocupação com a valorização do real e as projeções de inflação.
Dia 08/08/2024 (quinta-feira):
Após oscilações durante o dia, os juros futuros caíram no final da sessão, influenciados por fatores técnicos relacionados ao mercado de NTN-B. O comportamento dos Treasuries e do câmbio dominou a sessão, com um alívio vindo do fluxo de rebalanceamento de carteiras. A expectativa para o IPCA de julho e a influência do cenário externo mantiveram o mercado cauteloso, apesar de uma leve melhora no apetite por risco.
Dia 09/08/2024 (sexta-feira):
O apetite por risco no exterior, as declarações do diretor do Banco Central e o IPCA de julho acima das expectativas definiram o dia. As taxas de longo prazo caíram, enquanto as curtas subiram, refletindo a postura “hawkish” do Copom e as surpresas inflacionárias. A melhora no câmbio e a queda nos Treasuries suavizaram o impacto no decorrer da sessão, mas a semana terminou com um cenário misto para as diferentes partes da curva de juros.