19/08/2024 (segunda-feira)
Os juros futuros recuaram em grande parte da curva, impulsionados pelo aumento do apetite global ao risco e pela confiança na postura técnica do Banco Central (BC). As declarações do diretor de Política Monetária, Gabriel Galípolo, fortaleceram a confiança do mercado, destacando a disposição do BC em elevar os juros se necessário. O recuo do dólar e a queda na mediana de IPCA de 2025 no Boletim Focus também contribuíram para esse movimento. As taxas mais longas da curva registraram as maiores quedas, refletindo a melhora das expectativas para a política monetária a médio prazo.
20/08/2024 (terça-feira)
A curva de juros inverteu o movimento do dia anterior, com as taxas curtas em queda e as longas em alta, resultando em uma inclinação positiva. Declarações de Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, destacando a dependência dos dados para futuras decisões, trouxeram ajustes na precificação de alta da Selic. O dólar subiu em relação ao real, enquanto as apostas mais agressivas de aperto monetário refluíram. A perspectiva benigna permaneceu, apoiada por fatores como o discurso de Campos Neto e o cenário fiscal doméstico.
21/08/2024 (quarta-feira)
A divulgação da ata do Federal Reserve, indicando apoio ao corte de juros em setembro, impactou os juros dos Treasuries e levou à queda das taxas de DI no Brasil, especialmente na ponta curta. Antes da divulgação, o mercado já refletia um ajuste nas apostas sobre a Selic, com uma redução nas expectativas de alta. A curva brasileira, que estava parcialmente descolada da americana, ajustou-se após a ata, com as taxas longas voltando a subir no fim do dia.
22/08/2024 (quinta-feira)
As taxas de DI voltaram a subir, principalmente nos vencimentos mais longos, influenciadas pelo comportamento do dólar e dos Treasuries, que refletiram uma redução nas apostas de corte de juros nos Estados Unidos. O movimento foi intensificado pelas falas dos diretores do Banco Central, que mantiveram a possibilidade de alta da Selic no radar. A reprecificação de riscos, especialmente nos Estados Unidos, foi o principal motor da alta das taxas, com o real se depreciando frente ao dólar, alimentando o avanço dos juros futuros no Brasil.
23/08/2024 (sexta-feira)
A sinalização de corte de juros nos Estados Unidos, dada por Jerome Powell no simpósio de Jackson Hole, levou a uma queda nas taxas de DI no Brasil, seguindo o movimento da curva americana. Apesar do recuo, o mercado manteve a expectativa de alta da Selic em setembro, refletindo a resistência da atividade econômica e da inflação no Brasil. A dúvida sobre a trajetória da dívida pública e o crescimento das despesas obrigatórias do governo também contribuíram para essa expectativa de aperto monetário.