Análise do Mercado de Renda Fixa e Tesouro Direto: Semana 318

→ Principais Notícias para o Mercado de Renda Fixa e Tesouro Direto.

Highlights (Resumo): Queda nas Taxas Curtas e Alta nas Taxas de Juros Longas

Principal(is) vetor(es): a curva de juros futuros oscilou em resposta a declarações do Banco Central do Brasil e do Federal Reserve dos EUA. No início da semana, o apetite global ao risco e a confiança na postura técnica do BC puxaram as taxas para baixo. Discursos de Roberto Campos Neto, indicando que a alta da Selic não estava decidida, causaram ajustes com viés de alta nas taxas longas. A ata do Fed sinalizando possível corte de juros nos EUA em setembro reforçou a queda dos DIs no Brasil, mas falas subsequentes dos diretores do BC reacenderam a expectativa de elevação da Selic. Assim, a semana foi marcada por uma reavaliação contínua das expectativas de juros, influenciada tanto pelo cenário externo quanto pelas comunicações das autoridades monetárias nacionais.

Destaque(s):  Fed e Copom.

O Mercado de Juros reduziu as expectativas de altas em relação à sexta anterior.

A projeção para as 16 próximas reuniões do Copom saiu de +136 ptb para 116,55 ptb. O CDI terminal em 2025 chegado a 11,57%.

Para o fim de 2024  saiu de altas na magnitude de +114 ptb para alta de +103 ptb, com o CDI terminal passando de 11,54% para 11,44%.

Variação Semanal das Taxas de Juros Futuros DI B3

Expectativas de mercado para o Copom no DI Futuro da B3

No Relatório de Mercado Focus da semana, a projeção para a inflação oficial em 2024 subiu de 4,22% para 4,25%. Um mês antes, a mediana era de 4,10%. Para 2025, foco da política monetária, a projeção subiu de 3,91% para 3,93%. Há um mês, a mediana era de 3,96%, dentro do intervalo de tolerância superior, que vai até 4,50%, mas acima do alvo central de 3,0%.

A mediana da Taxa Selic(% a.a.) projetada para o fim de 2024 manteve em 10,50%, há um mês era 10,50%. Para o fim 2025 manteve em 10%, há um mês era 9,50%.

Resumos diários do Mercado de Juros e Renda Fixa na semana

Resumo Semanal dos Juros Futuros – Semana de 19/08/24 a 23/08/2024

 

19/08/2024 (segunda-feira)

Os juros futuros recuaram em grande parte da curva, impulsionados pelo aumento do apetite global ao risco e pela confiança na postura técnica do Banco Central (BC). As declarações do diretor de Política Monetária, Gabriel Galípolo, fortaleceram a confiança do mercado, destacando a disposição do BC em elevar os juros se necessário. O recuo do dólar e a queda na mediana de IPCA de 2025 no Boletim Focus também contribuíram para esse movimento. As taxas mais longas da curva registraram as maiores quedas, refletindo a melhora das expectativas para a política monetária a médio prazo.

20/08/2024 (terça-feira)

A curva de juros inverteu o movimento do dia anterior, com as taxas curtas em queda e as longas em alta, resultando em uma inclinação positiva. Declarações de Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, destacando a dependência dos dados para futuras decisões, trouxeram ajustes na precificação de alta da Selic. O dólar subiu em relação ao real, enquanto as apostas mais agressivas de aperto monetário refluíram. A perspectiva benigna permaneceu, apoiada por fatores como o discurso de Campos Neto e o cenário fiscal doméstico.

21/08/2024 (quarta-feira)

A divulgação da ata do Federal Reserve, indicando apoio ao corte de juros em setembro, impactou os juros dos Treasuries e levou à queda das taxas de DI no Brasil, especialmente na ponta curta. Antes da divulgação, o mercado já refletia um ajuste nas apostas sobre a Selic, com uma redução nas expectativas de alta. A curva brasileira, que estava parcialmente descolada da americana, ajustou-se após a ata, com as taxas longas voltando a subir no fim do dia.

22/08/2024 (quinta-feira)

As taxas de DI voltaram a subir, principalmente nos vencimentos mais longos, influenciadas pelo comportamento do dólar e dos Treasuries, que refletiram uma redução nas apostas de corte de juros nos Estados Unidos. O movimento foi intensificado pelas falas dos diretores do Banco Central, que mantiveram a possibilidade de alta da Selic no radar. A reprecificação de riscos, especialmente nos Estados Unidos, foi o principal motor da alta das taxas, com o real se depreciando frente ao dólar, alimentando o avanço dos juros futuros no Brasil.

23/08/2024 (sexta-feira)

A sinalização de corte de juros nos Estados Unidos, dada por Jerome Powell no simpósio de Jackson Hole, levou a uma queda nas taxas de DI no Brasil, seguindo o movimento da curva americana. Apesar do recuo, o mercado manteve a expectativa de alta da Selic em setembro, refletindo a resistência da atividade econômica e da inflação no Brasil. A dúvida sobre a trajetória da dívida pública e o crescimento das despesas obrigatórias do governo também contribuíram para essa expectativa de aperto monetário.

Fonte: Broadcast

Principais indicadores para acompanhamento da Renda Fixa e Tesouro Direto

Curvas de Juros Anbima

Gráfico de Rendimento versus Risco Renda Fixa - Tesouro Direto

Rendimentos da Renda Fixa: Tesouro Direto, Poupança, Ibovespa, Dólar, IDA Anbima e CDI

Características do Tesouro Direto

Taxa de Compra, Preço de Compra, Duration(Duração), Duração Modificada, DV01 e Volatilidade(Desvio padrão últimos 21 úteis)

Volatilidade da Renda Fixa (Risco de Mercado) Tesouro Direto, Ibovespa e Dólar

Classificação dos Rendimentos Mensais, Ano e 12 Meses da Renda Fixa

Ranking Mensal Colorido de Rentabilidades Tesouro Direto, Poupança, Ibovespa, Dólar, IDA Anbima e CDI

A excelência é uma utopia, sempre há algo a melhorar!

Deixe suas críticas, correções, sugestões, dúvidas e também elogios! 

Faça Contato!

contato@rendafixapratica.com.br

Forte abraço

Jefferson Figueiredo – CGA

Gestor de Investimentos e Especialista em Investimentos de Renda Fixa