Segunda-feira, 09/09/2024:
O mercado convergiu para uma alta de 0,25 ponto porcentual na Selic, impulsionada por falas recentes de membros do Banco Central e pela expectativa dos dados de inflação. As taxas de Depósito Interfinanceiro (DI) permaneceram estáveis, mas os trechos intermediários e longos inverteram para alta no final do dia por questões técnicas. A expectativa é de que o Copom aumente a Selic para 10,75%, com outros aumentos possíveis nas reuniões seguintes. As taxas longas caíram ligeiramente devido à antecipação de um aperto monetário, reduzindo a necessidade de maiores aumentos futuros.
Terça-feira, 10/09/2024:
O IPCA mostrou deflação de 0,02% em agosto, surpreendendo o mercado, mas sem alterar a projeção de alta de 0,25 ponto da Selic na reunião seguinte. O dólar pressionou as taxas longas, que mantiveram viés de alta. O mercado já precificava um aumento de 25 pontos-base na Selic, com chances significativas de novas altas em novembro e dezembro. A pressão externa vinda do Federal Reserve e a aversão ao risco global limitaram o comportamento das taxas, que se mantiveram próximas aos ajustes do dia anterior.
Quarta-feira, 11/09/2024:
A curva de juros apresentou leve inclinação, com taxas curtas subindo marginalmente e longas estáveis ou caindo levemente. O mercado operou com expectativa de alta de 0,25 ponto da Selic e corte de 0,25 ponto nos juros dos EUA. Dados positivos da economia brasileira, como o resultado da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), contribuíram para manter o viés de alta nas taxas curtas. No entanto, o impacto foi limitado pela proximidade das reuniões do Copom e Federal Reserve, que travaram movimentos mais expressivos no mercado.
Quinta-feira, 12/09/2024:
O mercado de juros enfrentou forte pressão, com taxas de DI em alta devido ao aumento das expectativas de que o Copom adotará uma postura mais agressiva, possivelmente elevando a Selic em 50 pontos-base. O pessimismo fiscal e o cenário externo contribuíram para inclinar a curva, com preocupação crescente sobre a capacidade do governo em cumprir metas fiscais. A alta dos Treasuries americanos e os dados positivos das vendas do varejo no Brasil reforçaram o movimento de alta nas taxas de juros.
Sexta-Feira, 13/09/2024:
Os juros futuros fecharam a sexta-feira em alta, impulsionados por dados econômicos domésticos fortes e incertezas fiscais. A curva de curto prazo refletiu a expectativa de um aumento maior na Selic na próxima reunião do Copom. Já a ponta longa foi pressionada por dúvidas quanto ao cumprimento das metas fiscais e pelo cenário externo desfavorável. Ao final do dia, o DI para jan/25 subiu para 10,98% (de 10,96%), jan/26 para 11,88% (de 11,87%) e jan/27 para 11,86% (de 11,85%).