Segunda-feira, 16/09/2024: Os juros futuros abriram a semana sem alívio, apesar da queda do dólar e dos rendimentos dos Treasuries. As taxas curtas oscilaram ao redor da estabilidade, enquanto as longas subiram, com a curva de juros ganhando inclinação. O Boletim Focus trouxe um aumento nas projeções de PIB e IPCA, o que reforçou a expectativa de aperto monetário pelo Banco Central. A autorização do STF para o uso de créditos extraordinários também contribuiu para o desconforto fiscal, pressionando as taxas.
Terça-feira, 17/09/2024: Os juros futuros oscilaram ao longo do dia, com pressão de alta pela manhã devido ao ambiente externo e ao cenário fiscal, mas se acomodaram à tarde. O dólar caiu abaixo de R$ 5,50, ajudando a aliviar a curva de juros, embora as expectativas para o Copom permanecessem de um aumento de 0,25 ponto percentual. O cenário fiscal continuou a pesar, especialmente com a possibilidade de gastos extraordinários para combater incêndios.
Quarta-feira, 18/09/2024: A curva de juros futuros iniciou o dia com queda, refletindo o corte de 50 pontos-base pelo Federal Reserve. No entanto, a sinalização do presidente do Fed, Jerome Powell, de que cortes adicionais seriam mais comedidos, freou a queda nas taxas. As apostas para o Copom indicavam 90% de chance de alta de 0,25 ponto na Selic. A reação do mercado foi mista, com a curva curta se mantendo mais resistente.
Quinta-feira, 19/09/2024: Os juros futuros subiram fortemente, impulsionados pelo comunicado hawkish do Copom, que indicou a possibilidade de um ciclo de alta de até 2 pontos percentuais para conter as expectativas de inflação. A curva de juros curtos abriu mais de 25 pontos-base, refletindo a leitura de um cenário de política monetária mais apertado. A precificação para a reunião de novembro já incluía uma possível aceleração no ritmo de aperto. O cenário fiscal e a alta dos rendimentos dos Treasuries também contribuíram para o movimento.
Sexta-feira, 20/09/2024: Os juros futuros continuaram subindo expressivamente, influenciados por ajustes técnicos, com destaque para zeragem de posições por investidores estrangeiros, o que impulsionou especialmente as taxas longas. A alta do dólar, que voltou a superar R$ 5,50, e a incerteza fiscal, antes da divulgação do relatório bimestral de receitas e despesas, também contribuíram para o aumento das taxas. A curva ganhou inclinação, refletindo o aumento das taxas longas em maior magnitude. O ambiente externo e as tensões internas, incluindo denúncias sobre a administração do IBGE, também estressaram o mercado.