Highlights (Resumo): Alta nas Taxas de Juros.
Principal(is) vetor(es): os juros futuros oscilaram em função de fatores internos e externos. No início, houve alta impulsionada pelo risco fiscal e pelas declarações do presidente do Fed sobre a política monetária americana, o que pressionou as taxas, especialmente nos contratos longos. A elevação do rating soberano do Brasil pela Moody’s, na terça-feira, trouxe alívio temporário, reduzindo prêmios de risco, mas os ganhos foram limitados. A partir de quinta-feira, as taxas voltaram a subir, refletindo as incertezas geopolíticas e a pressão dos rendimentos dos Treasuries, que se intensificaram com o forte relatório de emprego dos EUA na sexta-feira.
Destaque(s): Fed, Rating, Risco Fiscal e Geopolítica.
O Mercado de Juros Futuros (DI da B3) manteve as expectativas de altas em relação à sexta-feira anterior.
A projeção para as próximas 16 reuniões do Copom subiu de +166 para 175 pontos-base.
Olhando para o fim de 2025 ( próximas 10 reuniões) a expectativa de alta subiu de +199 pontos-base para +217 pontos-base, com o CDI terminal subindo de 12,65% para 12,83% em dezembro de 2025.
Para o final de 2024 (duas próximas reuniões), a expectativa de alta subiu de +100 pontos-base para +108 pontos-base, com o CDI terminal subindo de 11,66% para 11,73%.
As expectativas dos economistas, extraídas do Boletim Focus (Mediana dos últimos 5 dias), apontam para altas totais de 100 pontos-base em 2024, com o CDI terminal em 11,65%. Para o final de 2025, a expectativa é de manutenção na trajetória do CDI, alcançando 10,65%. Em resumo, prevê-se uma alta de 100 pontos-base em 2024 e uma queda de 100 pontos-base ao longo de 2025.
Para trajetória inteira das 16 próximas reuniões, o Focus mostra um corte de -125 ptb.
No Relatório de Mercado Focus da semana, a projeção para a inflação oficial em 2024 subiu de 4,37 para 4,38%. Um mês antes, a mediana era de 4,30%. Para 2025, foco da política monetária, a projeção manteve em 3,97%. Há um mês, a mediana era de 3,92%, dentro do intervalo de tolerância superior, que vai até 4,50%, mas acima do alvo central de 3,0%.
A mediana da Taxa Selic – Meta(% a.a.) projetada para o fim de 2024 manteve em 11,75%. há um mês era 11,25%. Para o fim 2025 manteve em 10,75%, há um mês era 10,25%.
Segunda-feira, 30/09/2024
Os juros futuros fecharam em alta, refletindo o aumento da percepção de risco fiscal após os dados do setor público consolidado de agosto. A preocupação com uma possível dominância fiscal e os comentários de Jerome Powell, do Federal Reserve, indicando uma possível desaceleração no corte de juros nos EUA, aumentaram a pressão nas taxas. Destaque para o avanço nos DIs longos: o DI para 2027 subiu de 12,30% para 12,37%, e o para 2029, de 12,37% para 12,46%. A curva de juros apresentou um movimento de “bear flattening”, reduzindo a diferença entre os prazos mais longos e os intermediários.
Terça-feira, 01/10/2024
Os juros futuros se mantiveram relativamente estáveis, com leve recuo devido à valorização do petróleo, o que ajudou a sustentar o real. O aumento da tensão geopolítica, com ataques no Oriente Médio, e a incerteza sobre a trajetória do Fed pressionaram o dólar. No entanto, o impacto foi limitado, com os investidores monitorando os desdobramentos internacionais e os efeitos sobre a inflação no Brasil. O foco esteve nas movimentações do câmbio e dos preços das commodities.
Quarta-feira, 02/10/2024
Os juros futuros recuaram, com maior alívio nos prazos longos, após a Moody’s elevar a nota de crédito do Brasil. O upgrade de Ba2 para Ba1 ajudou a reduzir os prêmios de risco, compensando a alta nos rendimentos dos Treasuries americanos. O DI para 2026 caiu de 12,26% para 12,22%, e o DI para 2029 recuou de 12,40% para 12,36%. O mercado interpretou o movimento da Moody’s como um respiro, embora o cenário fiscal local continue sendo visto com cautela.
Quinta-feira, 03/10/2024
Os juros futuros subiram novamente, influenciados pelo aumento dos rendimentos dos Treasuries e pela alta no preço do petróleo, com os investidores avaliando o impacto das tensões entre Israel e Irã. As taxas dos vencimentos mais longos, que haviam ensaiado uma melhora durante a tarde, voltaram a subir. O DI para 2026 avançou de 12,23% para 12,28%, enquanto o DI para 2029 subiu de 12,35% para 12,42%. O mercado ainda demonstrou ceticismo em relação ao retorno ao grau de investimento, mesmo após o upgrade da Moody’s.
Sexta-feira, 04/10/2024
Os juros futuros continuaram em alta, refletindo os dados robustos do mercado de trabalho dos EUA, que diminuíram as expectativas de cortes agressivos pelo Federal Reserve. A criação de empregos acima do esperado e a queda na taxa de desemprego reforçaram a percepção de um Fed mais conservador. Isso influenciou diretamente a curva de juros brasileira, com novas altas nas taxas longas, acompanhando o comportamento dos Treasuries. As expectativas do mercado voltaram-se para o Boletim Focus da próxima semana.
Fonte: Broadcast
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