Highlights (Resumo): Forte Alta nas Taxas de Juros.
Principal(is) vetor(es): A semana foi marcada por forte volatilidade no mercado de juros, com taxas DI subindo cerca de 60 pontos na semana e acumulando até 100 pontos em novembro, em resposta ao anúncio do pacote fiscal e do aumento da faixa de isenção do IR. O movimento foi parcialmente mitigado pela sinalização do Congresso de que priorizará o ajuste fiscal e adiará a discussão sobre o IR, além da recepção positiva às indicações para diretorias do Banco Central, incluindo Nilton David (Bradesco) para Política Monetária. Apesar disso, o mercado manteve apostas de Selic terminal próxima de 15%, influenciado pela firmeza do BC em atingir a meta de inflação e pela queda do desemprego a 6,2%, reforçando a perspectiva de uma política monetária mais contracionista.
Destaque(s): Risco Fiscal, Copom e Inflação.
O Mercado de Juros Futuros (DI da B3) elevou fortemente as expectativas de altas em relação à sexta-feira anterior.
A projeção para as próximas 16 reuniões do Copom subiu de +217 para +274 pontos-base.
Olhando para o fim de 2025 ( próximas 9 reuniões) a expectativa de alta subiu de +277 pontos-base para +358 pontos-base, com o CDI terminal passando de 13,92% para 14,73% em dezembro de 2025.
Para o final de 2024 (próxima reunião), a expectativa de alta subiu de +75 pontos-base para +91 pontos-base, com o CDI terminal alterando de 11,91% para 12,07%.
As expectativas dos economistas, extraídas do Boletim Focus (Mediana dos últimos 5 dias), apontam para altas totais de 75 pontos-base em 2024, com o CDI terminal em 12%. Para o final de 2025, a expectativa é do CDI terminal estar 13,15% altas de 200 pontos.
Para trajetória inteira das 16 próximas reuniões, o Focus mostra um corte de -25 ptb.
No Relatório de Mercado Focus da semana, a projeção para a inflação oficial em 2024 caiu de 4,63 para 4,71%. Um mês antes, a mediana era de 4,59%. Para 2025, foco da política monetária, a projeção subiu de 4,34% para 4,40%. Há um mês, a mediana era de 4,03%, dentro do intervalo de tolerância superior, que vai até 4,50%, mas acima do alvo central de 3,0%.
A mediana da Taxa Selic – Meta(% a.a.) projetada para o fim de 2024 manteve em 11,75%. há um mês era 11,75%. Para o fim 2025 subiu de 12,25 para 12,63% , há um mês era 11,50%
Segunda-feira, 25/11/2024
Os juros de médio e longo prazos caíram, impulsionados pela queda nos rendimentos dos Treasuries e expectativas positivas sobre o pacote fiscal do governo brasileiro. No entanto, a curva curta subiu levemente devido à deterioração nas projeções de IPCA e Selic no Boletim Focus. O diferencial entre os vértices 2031 e 2026 aumentou, refletindo a inversão da curva nos EUA.
Terça-feira, 26/11/2024
Os juros futuros apresentaram oscilações moderadas, com foco no IPCA-15, que confirmou a perspectiva de altas de 0,75 p.p. na Selic nas próximas reuniões, consolidando uma taxa terminal de 14%. A ponta longa teve viés de baixa, sustentada por câmbio favorável e expectativas de que o pacote fiscal trará medidas estruturais.
Quarta-feira, 27/11/2024
As taxas dispararam após rumores sobre a inclusão da isenção do IR para rendas de até R$ 5 mil no pacote fiscal. O mercado reagiu negativamente, com elevação nas projeções de Selic para uma taxa terminal acima de 14,25%. A curva de juros apresentou forte inclinação, com aumento significativo nas taxas de curto e longo prazo.
Quinta-feira, 28/11/2024
A percepção de risco fiscal aumentou após a divulgação do pacote fiscal, considerado insuficiente e acompanhado por medidas expansionistas, como a isenção do IR. O dólar atingiu níveis recordes, ampliando a pressão inflacionária e elevando os prêmios de risco na curva de juros.
Sexta-feira, 29/11/2024
O mercado de juros abriu o dia em forte alta, refletindo a continuidade do estresse após o anúncio do pacote fiscal e do aumento da faixa de isenção do IR, com as taxas DI mantendo-se na casa dos 14%. A pressão inicial foi reforçada pelo ceticismo quanto às medidas do Executivo, enquanto a queda nos rendimentos dos Treasuries nos EUA (T-Note a 4,17%) teve pouco impacto local.
À tarde, as taxas desaceleraram significativamente, encerrando longe das máximas. Isso ocorreu após o Congresso demonstrar disposição em mitigar os impactos fiscais, com os presidentes da Câmara e do Senado afirmando que o ajuste fiscal terá prioridade e que o debate sobre o IR será adiado. O DI janeiro/2026 encerrou em 13,89% (de 13,84%), o janeiro/2027 em 14,04% (de 13,94%) e o janeiro/2029 em 13,80% (de 13,77%).
Além disso, o mercado reagiu positivamente à indicação de Nilton David (Bradesco) para a diretoria de Política Monetária do Banco Central, somada às sinalizações firmes do atual diretor e futuro presidente da autarquia, Gabriel Galípolo, sobre o compromisso com a meta de 3% para a inflação. As projeções para a reunião do Copom em dezembro apontam agora para um possível aumento de 75 pontos-base, com a Selic terminal próxima de 15%.
Fonte: Broadcast
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