Highlights (Resumo): Forte Alta nas Taxas de Juros.
Principal(is) vetor(es):A semana foi marcada pela continuidade da queda nas taxas de juros futuros nos primeiros dias, impulsionada por otimismo com o pacote fiscal e revisões inflacionárias no Boletim Focus. No entanto, a volatilidade aumentou com a expectativa pelo Copom e seu comunicado mais hawkish, que trouxe cautela aos investidores, especialmente nos vértices curtos e intermediários. O cenário internacional também influenciou, com oscilações nos rendimentos dos Treasuries e comentários do Fed sobre política monetária. No geral, prevaleceu um tom de incerteza devido às questões fiscais e a possibilidade de novos ajustes na Selic em 2025.
Destaque(s): Risco Fiscal, Copom e Treasuries.
O Mercado de Juros Futuros (DI da B3) elevou as expectativas de altas em relação à sexta-feira anterior.
A projeção para as próximas 16 reuniões do Copom alterou marginalmente de +264 para +260 pontos-base.
Olhando para o fim de 2025 ( próximas 8 reuniões) a expectativa de alta subiu de +348 pontos-base para +378 pontos-base, com o CDI terminal passando de 15,60% para 15,93% em dezembro de 2025.
O Copom elevou em 100 ptb a taxa Selic Meta e o CDI termina o ano de 2024 em 12,15%.
As expectativas dos economistas, extraídas do Boletim Focus (Mediana dos últimos 5 dias), apontam para altas totais de 175 pontos-base em 2025, com o CDI terminal em 13,90%. Para o final de 2026, a expectativa é do CDI terminal estar 10,90%.
No Relatório de Mercado Focus da semana, a projeção para a inflação oficial em 2024 caiu de 4,63 para 4,71%. Um mês antes, a mediana era de 4,59%. Para 2025, foco da política monetária, a projeção subiu de 4,34% para 4,40%. Há um mês, a mediana era de 4,03%, dentro do intervalo de tolerância superior, que vai até 4,50%, mas acima do alvo central de 3,0%.
A mediana da Taxa Selic – Meta(% a.a.) projetada para o fim de 2024 manteve em 11,75%. há um mês era 11,75%. Para o fim 2025 subiu de 12,25 para 12,63% , há um mês era 11,50%
A semana começou com leve queda nas taxas futuras, refletindo o otimismo dos investidores com a tramitação do pacote fiscal no Congresso. Os contratos curtos recuaram com maior intensidade, enquanto os intermediários e longos mostraram apenas ajustes marginais. O DI para janeiro de 2026 fechou em 14,40%, contra 14,44% no ajuste anterior, enquanto o contrato para janeiro de 2027 encerrou a 14,58%. O mercado também reagiu positivamente à revisão das projeções inflacionárias no Boletim Focus, com o IPCA esperado para 2024 caindo de 3,9% para 3,8%.
O movimento de queda nas taxas se intensificou, com destaque para os contratos intermediários. O mercado repercutiu a sinalização de líderes do Congresso de que o pacote fiscal seria aprovado sem grandes alterações. Além disso, a inflação implícita nos títulos públicos demonstrou desaceleração, reforçando a expectativa de convergência do IPCA para a meta em 2025. O DI para janeiro de 2026 caiu para 14,28%, enquanto o contrato para janeiro de 2027 fechou a 14,49%. No exterior, o alívio nos rendimentos dos Treasuries, com o título de 10 anos recuando para 4,48%, também contribuiu para a compressão dos prêmios na curva local.
A quarta-feira foi marcada por cautela, com alta moderada nos vértices intermediários e longos da curva. A expectativa pela decisão do Copom à noite trouxe volatilidade ao longo do dia. A taxa do DI para janeiro de 2026 subiu para 14,30%, enquanto o contrato para janeiro de 2027 foi a 14,52%. A ata preliminar da proposta fiscal mostrou que ainda há resistência em alguns pontos, elevando a percepção de risco. No cenário internacional, dados mistos nos EUA mantiveram os investidores em compasso de espera, com o índice de preços ao consumidor (CPI) alinhado às expectativas e consolidando a visão de estabilidade no Federal Reserve.
A curva de juros reagiu ao comunicado do Copom, considerado mais hawkish do que o esperado, mas o movimento foi ofuscado ao longo do dia pelas preocupações com o cenário fiscal. Apesar de a decisão de elevar a Selic para 12,25% já ser esperada, o tom duro do comunicado abriu espaço para a possibilidade de novas altas em 2025, gerando pressão especialmente nos contratos mais curtos e intermediários. Além disso, a volatilidade foi amplificada pelo cenário externo, com alta nos rendimentos dos Treasuries.
O mercado encerrou a semana em tom cauteloso, com as taxas estáveis na maior parte da curva e uma leve alta nos contratos mais curtos. A atenção dos investidores voltou-se para a falta de novidades no âmbito fiscal e os próximos passos do Banco Central, que deve manter o tom duro em 2025. No exterior, os comentários de dirigentes do Fed sobre o fim do aperto monetário trouxeram algum alívio, mas insuficiente para causar quedas adicionais nas taxas locais.
Fonte: Broadcast
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