Análise do Mercado de Renda Fixa e Tesouro Direto: Semana 336

Highlights (Resumo): Forte Alta nas Taxas de Juros.

Principal(is) vetor(es): Os juros futuros tiveram uma semana marcada por fortes altas, refletindo tensões fiscais e políticas no Brasil, agravadas pela decisão do ministro do STF Flávio Dino de suspender emendas parlamentares, que gerou incertezas sobre o orçamento de 2025. Na segunda-feira, as taxas devolveram quedas anteriores, impulsionadas por piora no Boletim Focus, alta dos Treasuries e do dólar, além de uma crise de confiança do mercado. Após o feriado de Natal, o avanço continuou, com destaque para os vértices mais longos precificando uma Selic terminal de 16,75% diante do cenário fiscal conturbado. Apesar de o IPCA-15 ter surpreendido para baixo na sexta-feira, análises qualitativas mantiveram a preocupação com a inflação estrutural, enquanto dados de emprego reforçaram o aquecimento econômico. A crise política e fiscal dominou o cenário, pressionando as curvas de juros para patamares mais altos.

Destaque(s): Risco Fiscal, Risco Político, Treasury e Inflação.

→ Expectativas de mercado para o Copom no DI Futuro da B3

O Mercado de Juros Futuros (DI da B3) subiu fortemente as expectativas de altas em relação à sexta-feira anterior.

A projeção para as próximas 16 reuniões do Copom alterou marginalmente de +243 para +358 pontos-base.

Olhando para o fim de 2025 ( próximas 8 reuniões) a expectativa de alta subiu de +366 pontos-base para +457 pontos-base, com o CDI terminal passando de 15,82% para 16,73% em dezembro de 2025.

As expectativas dos economistas, extraídas do Boletim Focus (Mediana dos últimos 5 dias), apontam para altas totais de 275 pontos-base em 2025, com o CDI terminal em 14,90%. Para o final de 2026, a expectativa é do CDI terminal estar 12,15%.

Expectativas de mercado para o Copom no DI Futuro da B3

Variação Semanal das Taxas de Juros Futuros DI B3

No Relatório de Mercado Focus da semana, a projeção para a inflação oficial para 2025 subiu de 4,84% para 4,96%. Há um mês, a mediana era de 4,40%, acima do intervalo de tolerância superior, que vai até 4,50% e acima do alvo central de 3,0%. Pra 2026 saiu de 4,00% para 4,01%, há um mês era 3,81%.

A mediana da Taxa Selic – Meta(% a.a.) projetada para o fim de 2025 permaneceu em 14,75% , há um mês era 12,63%. Para o final de 2026 subiu de 11,75 para 12,00%.

Resumos diários do Mercado de Juros e Renda Fixa na semana

Resumo Semanal dos Juros Futuros – Semana de 23/12/24 à 27/12/2024

 

Segunda-feira, 23/12/2024:
Os juros futuros registraram forte alta, devolvendo as quedas da sexta-feira anterior. As taxas subiram de 30 a 45 pontos-base, com vencimentos como o DI janeiro/2026 atingindo 15,22% (de 14,91%). O movimento refletiu receios fiscais agravados pela decisão do ministro do STF Flávio Dino, alta dos Treasuries e do dólar, além da deterioração no Boletim Focus. A inflação suavizada para os próximos 12 meses subiu para 4,89%, enquanto a expectativa para a Selic aumentou para 15%. A crise de confiança no mercado e a tensão fiscal permaneceram como principais focos.

Quinta-feira, 26/12/2024:
A retomada das negociações após o feriado foi marcada por altas nos juros futuros, especialmente nos vértices mais longos, com o DI janeiro/2029 avançando para 15,41%. Apesar de um alívio temporário com a queda dos Treasuries, o mercado voltou a estressar no final do dia. A crise das emendas parlamentares e a decisão de Flávio Dino impactaram as expectativas, com atritos entre os poderes ameaçando a aprovação do orçamento de 2025. Os juros futuros já precificam uma postura agressiva do Banco Central, indicando Selic terminal em 16,75%.

Sexta-feira, 27/12/2024:
A liquidez reduzida gerou comportamentos distintos nos juros futuros: taxas curtas recuaram ligeiramente após IPCA-15 abaixo do esperado (0,34% em dezembro), mas os intermediários e longos subiram, com DI janeiro/2029 alcançando 15,625%. O cenário político conturbado, alta do dólar e Treasuries pressionaram as taxas. Apesar da leitura do IPCA-15, análises apontaram persistência inflacionária em núcleos e serviços, mantendo a curva de juros elevada. Dados de emprego reforçaram a resiliência econômica, mas sem impacto significativo nas taxas. A crise das emendas continuou no radar, com incertezas sobre o orçamento de 2025.

Fonte: Broadcast

Principais indicadores para acompanhamento da Renda Fixa e Tesouro Direto

Classificação dos Rendimentos Mensais, Ano e 12 Meses da Renda Fixa

Ranking Mensal Colorido de Rentabilidades Tesouro Direto, Poupança, Ibovespa, Dólar, IDA Anbima e CDI

A excelência é uma utopia, sempre há algo a melhorar!

Deixe suas críticas, correções, sugestões, dúvidas e também elogios! 

Faça Contato!

contato@rendafixapratica.com.br

Forte abraço

Jefferson Figueiredo – CGA

Gestor de Investimentos e Especialista em Investimentos de Renda Fixa