Segunda-feira, 23/12/2024:
Os juros futuros registraram forte alta, devolvendo as quedas da sexta-feira anterior. As taxas subiram de 30 a 45 pontos-base, com vencimentos como o DI janeiro/2026 atingindo 15,22% (de 14,91%). O movimento refletiu receios fiscais agravados pela decisão do ministro do STF Flávio Dino, alta dos Treasuries e do dólar, além da deterioração no Boletim Focus. A inflação suavizada para os próximos 12 meses subiu para 4,89%, enquanto a expectativa para a Selic aumentou para 15%. A crise de confiança no mercado e a tensão fiscal permaneceram como principais focos.
Quinta-feira, 26/12/2024:
A retomada das negociações após o feriado foi marcada por altas nos juros futuros, especialmente nos vértices mais longos, com o DI janeiro/2029 avançando para 15,41%. Apesar de um alívio temporário com a queda dos Treasuries, o mercado voltou a estressar no final do dia. A crise das emendas parlamentares e a decisão de Flávio Dino impactaram as expectativas, com atritos entre os poderes ameaçando a aprovação do orçamento de 2025. Os juros futuros já precificam uma postura agressiva do Banco Central, indicando Selic terminal em 16,75%.
Sexta-feira, 27/12/2024:
A liquidez reduzida gerou comportamentos distintos nos juros futuros: taxas curtas recuaram ligeiramente após IPCA-15 abaixo do esperado (0,34% em dezembro), mas os intermediários e longos subiram, com DI janeiro/2029 alcançando 15,625%. O cenário político conturbado, alta do dólar e Treasuries pressionaram as taxas. Apesar da leitura do IPCA-15, análises apontaram persistência inflacionária em núcleos e serviços, mantendo a curva de juros elevada. Dados de emprego reforçaram a resiliência econômica, mas sem impacto significativo nas taxas. A crise das emendas continuou no radar, com incertezas sobre o orçamento de 2025.