Análise do Mercado de Renda Fixa e Tesouro Direto: Semana 340

Highlights (Resumo)Alta nas Taxas de Juros Curtas e Médias

Principal(is) vetor(es): a semana foi marcada por forte pressão nos vértices curtos devido ao IPCA-15 acima do esperado, que gerou revisões altistas para a inflação de 2025. O câmbio depreciado contribuiu para a elevação das taxas curtas, enquanto os vértices longos apresentaram maior estabilidade. O mercado segue atento à reunião do Copom na próxima semana, com expectativa de aumento de 1 ponto percentual na Selic.

Destaque(s): Inflação

→ Expectativas de mercado para o Copom no DI Futuro da B3

O Mercado de Juros Futuros (DI da B3) alterou marginalmente as expectativas de altas em relação à sexta-feira anterior.

A projeção para as próximas 16 reuniões do Copom alterou de +308 para +305 pontos-base.

Olhando para o fim de 2025 ( próximas 8 reuniões) a expectativa de alta caiu de +377 pontos-base para +397 pontos-base, com o CDI terminal passando de 15,92% para 16,13% em dezembro de 2025.

As expectativas dos economistas, extraídas do Boletim Focus (Mediana dos últimos 5 dias), apontam para altas totais de 300 pontos-base em 2025, com o CDI terminal em 15,15%. Para o final de 2026, a expectativa é do CDI terminal estar 12,40%.

Expectativas de mercado para o Copom no DI Futuro da B3

Variação Semanal das Taxas de Juros Futuros DI B3

No Relatório de Mercado Focus da semana, a projeção para a inflação oficial para 2025 subiu de 5,08% para 5,50%. Há um mês, a mediana era de 4,96%, acima do intervalo de tolerância superior, que vai até 4,50% e acima do alvo central de 3,0%. Pra 2026 saiu de 4,10% para 4,22%, há um mês era 4,01%.

A mediana da Taxa Selic – Meta(% a.a.) projetada para o fim de 2025 permaneceu em 15% , há um mês era 14,75%. Para o final de 2026 subiu de 12,25% para 12,50%, há um mês era 12,00%.

Resumos diários do Mercado de Juros e Renda Fixa na semana

Resumo Semanal dos Juros Futuros – Semana de 20/01/25 à 14/01/2025

 

Segunda-feira (20/01):
As taxas de juros futuros caíram, corrigindo parte da alta da sexta-feira anterior. A ausência de surpresas no discurso de posse de Donald Trump, que evitou anunciar tarifas comerciais imediatas, trouxe alívio ao mercado. No Brasil, o foco foi o leilão do Tesouro da semana passada, com maior emissão de prefixados. As taxas dos contratos de DI para janeiro de 2026, 2027 e 2029 recuaram para 14,925%, 15,130% e 15,015%, respectivamente.

Terça-feira (21/01):
Os juros futuros fecharam próximos da estabilidade, com viés de alta nos vértices intermediários e longos. O mercado reagiu à sinalização de Trump sobre tarifas ao México e Canadá, mas sem grandes alterações na precificação local. A expectativa para a próxima reunião do Copom continuou sendo um aumento de 1 ponto percentual na Selic. A taxa do DI para janeiro de 2026 manteve-se em 14,925%, enquanto as de 2027 e 2029 subiram para 15,155% e 15,020%.

Quarta-feira (22/01):
O alívio na curva de juros persistiu devido à queda do dólar, impulsionada pelo tom pragmático de Trump em relação às tarifas à China. Apesar disso, as taxas se afastaram das mínimas intradia por ajustes técnicos. O mercado permaneceu atento ao comunicado do Copom na próxima semana e ao IPCA-15 previsto para sexta-feira. As taxas para janeiro de 2026, 2027 e 2029 recuaram para 14,920%, 15,165% e 14,995%, respectivamente.

Quinta-feira (23/01):
Os juros futuros subiram expressivamente, com aumento de mais de 15 pontos em toda a curva, reagindo a rumores de subsídios do governo para reduzir o custo de alimentos, o que pode ampliar os gastos públicos. A alta dos rendimentos dos Treasuries contribuiu para o movimento, agravado no fim da tarde. A taxa do DI para janeiro de 2026 subiu para 15,100%, enquanto as de 2027 e 2029 avançaram para 15,285% e 15,180%, respectivamente.

Sexta-feira (24/01): O dólar voltou ao nível de R$ 5,91 no período da tarde, e o IPCA-15, acima do esperado, pressionou os juros mais curtos. O DI para janeiro de 2026 subiu para 15,140%, enquanto o DI para janeiro de 2027 avançou para 15,37% e o DI para janeiro de 2029 encerrou estável em 15,15%. No balanço semanal, os contratos de curto prazo subiram, com o DI para janeiro de 2026 ganhando 23 pontos e o de 2027, 20 pontos, enquanto o DI para janeiro de 2029 caiu 4 pontos. Analistas destacaram preocupações com a difusão inflacionária, câmbio depreciado e incertezas fiscais.

Fonte: Broadcast

Principais indicadores para acompanhamento da Renda Fixa e Tesouro Direto

Classificação dos Rendimentos Mensais, Ano e 12 Meses da Renda Fixa

Ranking Mensal Colorido de Rentabilidades Tesouro Direto, Poupança, Ibovespa, Dólar, IDA Anbima e CDI

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Jefferson Figueiredo – CGA

Gestor de Investimentos e Especialista em Investimentos de Renda Fixa