Análise do Mercado de Renda Fixa e Tesouro Direto: Semana 342

Highlights (Resumo)Alta nas Taxas de Juros

Principal(is) vetor(es): Os juros futuros subiram ao longo da semana, com a quinta-feira sendo o dia mais decisivo, devido ao leilão de prefixados do Tesouro, que veio com volume elevado e demanda fraca, pressionando a curva para cima. Antes disso, a ata do Copom trouxe um tom mais duro, sustentando os vértices curtos, enquanto o longo reagia ao câmbio e aos Treasuries. Na sexta-feira, o IPCA abaixo das expectativas e sinais do governo sobre responsabilidade fiscal aliviaram parte da alta, mas não reverteram o movimento da semana.

Destaque(s): Copom e Leilão do Tesouro.

→ Expectativas de mercado para o Copom no DI Futuro da B3

O Mercado de Juros Futuros (DI da B3) elevou as expectativas de altas em relação à sexta-feira anterior.

A projeção para as próximas 16 reuniões do Copom alterou de +139 para +163 pontos-base.

Olhando para o fim de 2025 ( próximas 8 reuniões) a expectativa de alta subiu de +235 pontos-base para +264 pontos-base, com o CDI terminal passando de 15,61% para 15,85% em dezembro de 2025.

As expectativas dos economistas, extraídas do Boletim Focus (Mediana dos últimos 5 dias), apontam para altas totais de 200 pontos-base em 2025, com o CDI terminal em 15,15%. Para o final de 2026, a expectativa é do CDI terminal estar 12,40%.

Expectativas de mercado para o Copom no DI Futuro da B3

Variação Semanal das Taxas de Juros Futuros DI B3

No Relatório de Mercado Focus da semana, a projeção para a inflação oficial para 2025 subiu de 5,51% para 5,58%. Há um mês, a mediana era de 5,00%, acima do intervalo de tolerância superior, que vai até 4,50% e acima do alvo central de 3,0%. Pra 2026 saiu de 4,28% para 4,30%, há um mês era 4,05%.

A mediana da Taxa Selic – Meta(% a.a.) projetada para o fim de 2025 permaneceu em 15% , há um mês era 15%. Para o final de 2026 manteve em 12,50%, há um mês era 12,00%.

Resumos diários do Mercado de Juros e Renda Fixa na semana

Resumo Semanal dos Juros Futuros – Semana de 03/02/25 à 07/02/2025

 

Segunda-feira, 03/02/2025
Os juros futuros recuaram, com destaque para o vértice longo, que cedeu 26 pontos-base. A queda do dólar, impulsionada pela pausa na tarifa dos EUA contra o México, foi o principal fator. O movimento também foi apoiado pelo recuo das taxas dos Treasuries. No Brasil, as atenções se voltaram para a ata do Copom e o Plano Anual de Financiamento (PAF) do Tesouro, previstos para o dia seguinte, e para o retorno do Congresso. A taxa do DI para 2026 caiu para 14,865%, enquanto o DI para 2029 recuou para 14,445%.

Terça-feira, 04/02/2025
Os juros futuros fecharam próximos da estabilidade, mas a curva seguiu desinclinando. O curto prazo reagiu à ata mais hawkish do Copom, enquanto o longo foi favorecido pela queda do dólar e dos Treasuries. O PAF do Tesouro para 2025 apresentou poucas mudanças em relação ao de 2024. O DI para 2026 subiu para 14,92%, e o para 2029 cedeu para 14,47%. A pausa de tarifas dos EUA contra o Canadá e o México ajudou a aliviar os juros longos, enquanto os curtos refletiram a comunicação mais dura do Banco Central.

Quarta-feira, 05/02/2025
Os juros futuros subiram, especialmente no período da tarde, devido às expectativas para o leilão de prefixados do Tesouro. A produção industrial veio acima do esperado, reduzindo a aposta em uma desaceleração econômica mais forte. O DI para 2026 subiu para 14,965%, e o para 2029 avançou para 14,645%. O mercado temia um lote elevado de prefixados no leilão, pressionando os prêmios. Além disso, o aumento do dólar e as incertezas sobre a guerra de tarifas dos EUA adicionaram pressão sobre a curva de juros.

Quinta-feira, 06/02/2025
O leilão de prefixados trouxe impacto negativo para a curva de juros. O Tesouro ofertou um volume elevado, e a demanda veio fraca, pressionando as taxas para cima. O DI para 2026 avançou para 15,02%, e o para 2029 subiu para 14,71%. A comunicação do Banco Central reforçando a importância da meta fiscal também contribuiu para a cautela do mercado. No exterior, os juros dos Treasuries voltaram a subir, adicionando pressão aos vértices longos.

Sexta-feira, 07/02/2025
A curva de juros teve ajuste técnico, devolvendo parte da alta da véspera. O mercado reagiu positivamente à divulgação do IPCA abaixo das expectativas, reduzindo a precificação de aperto monetário mais intenso. O DI para 2026 caiu para 14,98%, e o para 2029 recuou para 14,68%. O alívio também veio da sinalização do governo de compromisso com o equilíbrio fiscal, ajudando na redução dos prêmios de risco.

Fonte: Broadcast

Principais indicadores para acompanhamento da Renda Fixa e Tesouro Direto

Classificação dos Rendimentos Mensais, Ano e 12 Meses da Renda Fixa

Ranking Mensal Colorido de Rentabilidades Tesouro Direto, Poupança, Ibovespa, Dólar, IDA Anbima e CDI

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Jefferson Figueiredo – CGA

Gestor de Investimentos e Especialista em Investimentos de Renda Fixa